Qual a relação das novas gerações com o consumo consciente?

            As mudanças sociais que vem acontecendo desde o início da década de 1990 afetam diretamente a relação da Geração Z com o consumo consciente. Os nascidos entre 1995 e 2010, considerados a Geração Z, são os jovens mais preocupados com as causas sociais e impactos ambientais, com menor poder aquisitivo, entretanto, com um grande poder revolucionário.

            O que entende-se por sustentabilidade está diretamente relacionado com a maneira que se consome e se produz. É dado que a maneira que os produtos e serviços são produzidos e consumidos afeta diretamente as gerações futuras. E que os jovens têm o poder revolucionário de transformar o mundo ao seu redor.

            Essa nova geração, que vem trazendo mudanças, precisa ser vista como um nicho influenciado pelo ativismo que ganha cada vez mais força e notoriedade.

            Foi criada em 2012 a Agenda 2030 com 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. Essa agenda internacional tem como um de seus pilares a garantia dos padrões de consumo e de produções sustentáveis. Sabe-se que uma vez decidida a agenda internacional, as práticas são trazidas para reger os passos internos de cada país.

            As práticas do consumo consciente tem sido difundidas em todas as camadas da sociedade no Brasil. Por consumo consciente, entende-se o uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto minimiza o uso dos recursos naturais e materiais tóxicos.

            Um dos grandes exemplos dessa prática é optar pelo mercado de segunda mão. O Brechó, que antes era sinônimo de produtos velhos e com cheiro de naftalina, estão em pleno crescimento e podem ultrapassar o varejo de moda de 2024. O setor de seminovos cresceu 25 vezes mais rápido do que a moda tradicional em 2019.

Metrópoles, 2020.

            Apesar de o período pandêmico que vem configurando o cenário internacional desde Março de 2019 o mercado de segunda mão encontrou oportunidade única de crescimento. Os principais motivos são dois: 1. Em tempos de quarentena, seria preciso encontrar uma maneira nova de ganhar dinheiro, sendo a revenda de roupa uma delas; 2. E em tempos de crise, o consumidor precisou recorrer à redução de gastos, especialmente de roupas.

            Esse mercado vem ganhando força, uma vez que os Millenials (nascidos entre 1980 e 1994) e a Geração Z (pós 1995) já correspondem a 46% da população global. Mais do que a revenda de roupas, é possível observar um boom de brechós nos últimos anos. A quebra desse tabu se dá todos os dias, e uma vez instaurada a cultura do seminovo, dificilmente se voltará atrás. Também as crianças estão sendo inseridas nesse contexto. O desapego das roupas e brinquedos que estão em bom estado de conservação é cada vez mais comuns. Observa-se que a geração que vem por aí entende que a economia doméstica precisa girar.

            Não só que é preciso desapegar para gerar uma renda extra para que a família tenha condições de trocar por produtos de igual ou maior qualidade, como também que o mercado têxtil é agressivo ao meio ambiente em sua essência. Desde a infância, sendo ensinados as vantagens de comprar em Brechó, as crianças de hoje farão do futuro, um lugar melhor com a mudança de hábitos que está sendo ensinada agora.

            Por fim, é evidente que o crescimento contínuo desse modelo de comércio, que vendem itens de segunda mão, um norte em ascensão que traz o novo modelo de consumo das futuras gerações!

Referências:

NAÇÕES UNIDAS DO BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12: Consumo e produção responsáveis. Nações Unidas do Brasil, 2021. Disponível em: <https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/12>. Acesso em: 03, dezembro 2021.

NICACCIO, Taya. Consumo consciente e o poder revolucionário da Geração Z. Fashion Revolution, 2020. Disponível em: <https://www.fashionrevolution.org/brazil-blog/consumo-consciente-e-o-poder-revolucionario-da-geracao-z/>. Acesso em: 03, dezembro 2021.

VIEIRA, Letícia. Brechós online abandonam rótulo de mofo e preveem triplicar crescimento no Brasil. 6 minutos uol, 2021. Disponível em: <https://6minutos.uol.com.br/negocios/thredup-brecho-online-que-passou-a-valer-u13-bi-nos-eua-e-inspiracao-para-startup-brasileira/>. Acesso em: 03, dezembro 2021.

CARBINATTO, Bruno. Brechós atraem moderninhos e podem desbancar lojas de roupas tradicionais. Voce S/A, 2021. Disponível em: <https://vocesa.abril.com.br/empreendedorismo/a-ascensao-dos-brechos/>. Acesso em 03, dezembro 2021.

 

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